“Exilados que somos, maus atores
De nós mesmos na vida destroçada
Restam-nos por destino curas dores
Na ribalta cruel e conspurcada.

Exilados e sós, curto o horizonte
Mal divisado lá do belvedere…
E a vida passa. É um verso de Leconte
ou o ingênuo Candide de Voltaire!

Exilados, vazios como a ilha
onde aportamos ascos, desesperos.
Sonhos malsãos, as dores: a quadrilha
De nossas emoções e exageros…

Exilados no elenco, se comédia
Exilados e sós, se for tragédia…”